Um Fado tão dolorido!...

Deste teu atrevimento
De brincar com o sentimento
Do meu Povo engrandecido...

Eu te digo que afinal,
Seja por bem ou por mal,
Tu poetisa de teu corpo apetecido...

Nada te falta por destino
De Cantar ao Deus Menino,
Este Poema tão dorido...

Que é o Fado da Lusa Alma,
Aquele que me leva a Palma
De amor e da guerra já vencido...

Aqui te deixo em pranto,
O meu verso o meu encanto!
E este meu Fado dolorido...

Choro por ti e por mim,
Aqui na terra deste jardim
A Beira Mar esquecido!...

Lá longe já no levante,
De um sol quente de amante
Que te aquece um coração colorido!

De verde amarelo e dourado,
Por fundo tens encarnado,
O sangue do meu Fado adormecido...

Na noite que da capital
É a canção Nacional,
Deste meu país tão querido!

Silvino Potêncio
(in : Poesias soltas)
www.silvinopotencio.net
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 14/03/2011
Reeditado em 10/11/2014
Código do texto: T2847927
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