O louva-a-deus

Tenho adormecido em oração...

Um louva-a-deus amanheceu em nossa casa

Dei-lhe água e comida

Deus me deu um louva-a-deus

Um aedes me deu dengue

Dei água e alface para o louva-a-deus

bebeu a água, recusou o alface, preferiu o aedes

O louva-a-deus me vingou

Tenho duvidado de minha sorte e do que sou

tenho adormecido em oração...

Deus me deu uma manhã, na benção de um louva-a-deus

Dei-lhe um carinho em um toque

cutuquei a sua sorte

Pode ser que ele fique

pode ser que vá embora

Pode ser o pequenino, o gigante Criador, em disfarce...

quieto...

ao lado do alface...

Pode ser agora

que sejam devoradas todas as infestações

Pode ser que seja também digerido, o homem e seus medos

Pode ser que eu morra hoje no apetite desse louva-a-deus

E que renasça...

poeta e compositor de canções

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 09/10/2016
Reeditado em 05/12/2023
Código do texto: T5786698
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