EM FIM

No mar marejado

Dos meus olhos,

Enquanto o pranto

Não brota, a Lua alheia

Mete prata nas ondas

Soluçantes de saudades,

Que dançam em movimentos

De rotação na rota incerta

Do coração.

Neste outono em mim,

Esta estação sem fim,

Gemem as rajadas fortes,

Que impiedosas varrem

O Sol ao norte do oriente

Do meu corpo embriagado.

E na razão inversa, o ocidente

Da alma, na lógica ilógica

Dos pensamentos, apaga

As linhas do horizonte.

E lá, onde morre toda luz,

Na ordem avessa e diversa,

A alma se liberta e brinca

De vida onde a vida se dispersa!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 03/08/2016
Reeditado em 03/08/2016
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