Da Noite à Aurora

Um soluço mudo, choro na noite fria.

Quem és tu que soluças, a chorar?

Para te ajudar preciso lembrar, porém,

Teu nome, vívida face, saber cantar

Em meus versos aquilo que te faça bem.

Relembra da doce aurora que sorria,

Abrindo a manhã com o círculo solar,

Esplendoroso, no céu, a iluminar

Todas as flores, folhas, a vida que vem

Raiando junto ao sol. Os insetos do dia

Vêm voando, em pleno voo, barulhar,

Embaralhar-se. A dor que não te servia,

Agora, foi-se embora com eles também.