Janela de algodão e Coração de tubarão
sua janela é feita de algodão
estou em seu terreno, coberto pelo sereno
você se vai, a lua cai
o sol se levanta e tudo se esvai
sem delicadeza, grito, esmurro, bato e finjo o que não tenho fingir no seu seio
faço de seu grito o singelo receio de um suspeito pensamento sujeito a desrespeito
ligo os laços, não tenhos mais traços nem molas nem correntes que te falem sobre a prisão
que é que está se tornando este impuro e revoltado tubarão, coberto por águas-vivas e sem canção
sua fúria e dentes, sua velocidade é a da luz, não se mede isto menina, não se mede isto seu bruto coração
não tem forma, não tem cultura, não existe nação, é uma ilusão, a sua mais triste alusão, cante cante canção!
ouça bem esta oração, vou morrer neste caixão, mas te levarei meu terno tubarão, com sua tênua fúria e emoção
pulo até você, não vejo luz, o plasma de seu sangue vem a me rejeitar, com luzes ao meu lado, volto a te beijar
num ato impuro de amar o próprio coração, sua janela é feita de algodão, não posso ultrapassar esta linha sem razão
por favor! faça com que tudo se faça de cristal, com seu sangue inesperado de rei
vou até você sem nenhuma lei, quero as regras rasgar e cuspir no seu lar
que sou eu seu maldito! por que foi fazer isto comigo? evolua seu babaca!
além de ter a coragem de entrar no facebook e nunca ter nada de especial
vamos lá e teremos um belo, terno, singelo, sincero, concreto, um mundo irreal
neste seu amor, sua dor, seu pudor, seu fervor, teu calor, um vermelho lual
de sangue que segue com a extremidade de suas amidalas e visceras sem cor
sua faca já era, você não pode desistir de sua concreta insensatez, faça a lei
uma pequena janela de algodão
grades vejo nela neste sonho
uma ilusão de um tubarão
que se diz ser meu coração
levante luz! as águas não estão calmas, faça sua tempestade, não tema o copo d'água, corte-o! fatie-o!
cresça e veja com seus olhos que o real não é igual ao seu ideal nem além do que você quis dizer com ileal
a lealdade vem de mim e você meu tubarão, faça da noite o sol mais obscuro, faça o amor florescer e então, eleve-o!
tenha em mente que nada é nada e tudo também é nada! quanto mais se quer, mais se quer, a vida não é como um filé
faça o que suas forças tem para você, torne o seu vigor o seu ser, leia sua mente e reescreva-a, perca o ódio e se faça leal
a si mesmo com um furacão de emoções, de pensamentos, de sonhos, de vontades, de pessoas, de respeitos, de doces, de loucuras
a única verdade é que seu braço esconde a verdade, lembra? nunca ponha o pé aonde não tem tudo, coloque-o no nada e faça suas preces
reze, faça com que sua mão se torne a mãe de todas as funções e atos de seu eterno coração, que na verdade, é meu, teça a teia e feche
o seu peito para qualquer imbecil que o queira ferir, seja falso até o fim, minta até o fim, mas seja sempre bom com todos e dê sempre
um belo ato de amor e de realeza, vossa alteza, nessa sua nobreza, com um amor de altura e ideais cobertos pela bravura
sinta o seu colega ao lado, faça o que o amor não fez, faça o que a amizade não fez
realize o sonho de todos, transforme o hoje no amanhã, dê esperança e fé àquela sã
alma que não tem rumo nem destino no seu conceito, faça de tudo o que não tem feito
a construção, a reforma do metro, ligue os pontos, você irá aparecer, você existe
faça sua luz surgir no imenso ser que você chama de planeta Terra, o faça te querer
e mesmo que não queira, tente pelo menos, faça o que fizer, fará a sua vida por merecer
nunca esqueça que sua espada existe em seu pulmão meu coração, meu filhote de tubarão
uma pequena janela de algodão
grades vejo nela neste sonho
uma ilusão de um tubarão
que se diz ser meu coração
releia as frases, transforme-as em sentimentos e razões, conceitos, feitos, realizações, confeitos, seja o que jamais foi
seja a coragem, extrema crueldade que você me fez, me trancafiando dentro de teu ser, meu coração, eu quero mais é viver!
ande e me dê a chave, seu malvado tubarão, te ensinarei que o mal se poe na mesa junto com as suas orações e te darei o bem
com um humilde aperto de mãos, simples e singelo, discreto até que o faça e o refaça num ato de nobreza, retire de mim toda
esta inútil tristeza, vou crescer, vou tirar as grades de meu ser, você é o meu tubarão, cuidarei de você, matarei a qualquer um
sentimento que queira lhe ferir com faca, tiro, tortura, palavras, pensamentos, ou o pior, a rejeição de seu belo ser
de sua existencia, sua bravura, vista-se, cubra-se com sua armadura e pegue sua lança, te darei a mais pura e mais bela arma, a confiança!
algo que te levita ao espaço, sem mais traços, com um consciente inesquecivel, uma hora para a dura impiedosa jornada do meu ser
vou para o mundo para viver, não para sobreviver, não tenho lei, mas tenho muitas regras em meu ser, meus dentes perfuram carne
minhas palavras ferem, meus olhos corrigem e meu sorriso lhe diz o que sou, com meu otimismo sigo pelo precipício sem medo
caio, sem som, te dou o dom, faça sua fé, sua realeza se formará, meu filhote de tubarão, liberte-se com sua melhor feição!
cure-se doutrina, limpe-se de sua dor minha hemoglobina, farei sua voz
foi você até agora, você foi algoz em ler esta letra de um albatroz
libertando todo o sangue deste filhote que está para nascer, ele se fez
nada lhe deu o que teve de receber, a solidão lhe deu tudo, inclusive sua vez
de escrever algo para alguém ler numa hora livre arbitrária e com sensatez
vamos ter uma lua a cada dia, vamos viver com confiança nesta Terra de aves
onde os abutres conduzem a raça humana a carnificina, e eu os vejo com minha lei
afinal de tudo, este meu coração de tubarão vai ter q sua vez, com certeza e insensatez
uma pequena janela de algodão
grades vejo nela neste sonho
uma ilusão de um tubarão
que se diz ser meu coração