Dono de si

Não basta ser

Ele quer saber quem é

E é difícil para ele aceitar não saber

Porque ele investiga

Se permite sentir

Respeita seus limites

E desbrava suas fronteiras

Ele é intenso e viceral

É difícil olhar no fundo dos olhos dele

Porque eles despem a alma

Ele gosta de desafiar a morte

Para sentir o pulsar da vida em si

Ele é cuidadoso, atencioso e discreto

Mas jamais passa desapercebido

Por que ele tem presença

Sabe conduzir,

o que o define melhor que dominante

Ele é incansável, determinado e insaciável

Defende os seus

Com a voracidade dos seus abismos

Ele também sabe ser leve e divertido

É eclético e curioso

Tem valores bem definidos

E uma régua moral e ética, elevada

Ele sente e sente muito,

o prazer e o desprazer da vida

Nada é pouco no mundo dele

Ele significa, analisa e age

É perspicaz e ponderado

Ele se expõem, sem temer a crítica

Afinal, nenhuma é maior que a dele próprio

Ele é tormenta e bonança

Luz e sombra

Ele é de água, mas arde em fogo

É a ave soberana da noite

Capaz de enxergar através da escuridão

Atento e vigilante ao oculto

intrínseco e sensível

Sua intuição grita silenciosa ao invisível

Indecifrável e misterioso

Ele é detentor do seu destino