Às vozes da noite negres

Saudar a irmã Noite,

negra,

que em seus silêncios ouve as angústias e alegrias do poeta!

Saudar a irmã Lua,

negra,

que alumeia as consciências e possibilita tecer belas poesias!

Saudar o Orixá,

negro,

orí,

que guia e rege a vida nos trilhos dos (des)encontros ancestrais!

Saudar Olorum e Oxalá,

negres,

epá babá,

que abençoa as existências!

Saudar Oxum,

negra,

ora iê iê ô,

que consagrou a mim desde o parto ao seu abundante amor,

que me tomou por seu filho,

que me cumula do doce amor das águas correntes dos rios e cachoeiras!

Saudar Oxóssi,

okê arô,

que emana a força ancestral das matas e florestas! Forte e potente força!

Saudar Ogum,

Ogum yê,

que trava comigo o bom combate, trás as vitórias nas guerras! Salve Jorge!

Saudar Iansã,

eparrei Oyá,

que trás os bons ventos para agradar e as tempestades para ensinar!

Saudar os Pretos Velhos,

sabedoria nossa ancestral, força vital, conhecimento, conselho e amor!

Saudar os Exus, Pomba-Giras e as Encruzilhadas,

laroyê,

eu também sou de lá,

de lá me alimento pra seguir!

...

saudar...

nada pedir...

só agradecer!

Whallison Rodrigues
Enviado por Whallison Rodrigues em 18/04/2020
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