Filhos e trocadilhos
Não sou francês e nem escocês,
sou muito mais vocês,
apenas dois e dois não são seis
e as dezesseis horas, vocês verão,
ainda no horário de verão,
o quanto é bom tê-los,
mas, por que, pai. tem que ser às dezesseis
e não às seis da manhã, de amanhã(?),
que é a hora do sol despertar,
talvez instantes antes,
lá no céu tão distante,
mas não há distância certa
que o impeça de brilhar
e você de refletir,
como faz agora ao sorrir
e como é lindo vê-lo assim,
meu pai.
Assim que não é assado,
redondo e não quadrado,
iluminado e com tantos amigos,
com o que a vida lhe recompensou,
mas se recompensou,
foi porque o caminho escolhido,
para praticar o amor,
foi colorido assim como é o arco-íris,
como a íris da menina da capa da revista
ou como a prancha do ousado surfista,
a desenhar no ar, sobre os bailar das ondas,
num mar que não tem tamanho,
mas esse mar, aparentemente medonho,
quiçá tivesse o tamanho do seu coração.
Nós não somos um, nem seis
e nem dezesseis,
somos vários e variados
e às vezes somos muito mais
e todos de uma vez só.
-Mas, e os trocadilhos?
Então, é que o habilidoso Abílio,
foi acudir o seu irmão
e com apenas um mamão nas mãos,
conseguiu fazer com que sua avó não tossisse,
o que pode parecer uma tremenda tolice
e com toda essa sandice,
o vacilão do Abílio,
tirou totalmente a minha atenção.