Por que nos apegamos tanto ao que não dominamos?

Pedimos tanto pra você não ir,

mas você desobedeceu e foi,

mas se foi em paz, está livre do castigo,

pois Léa, creia: quem vai entender o mundo dos vivos?

Se essa é a única porta de saída e também para as feridas,

quem se faz querida, com qualidades e defeitos,

merece e sempre merecerá uma segunda chance,

pois não vivemos tanto quanto as tartarugas,

mas evitar as rugas, é besteira,

assim como crer que o sono numa esteira,

seja menos relaxante que um sono num colchão bom,

pois os tons do arco-íris não somos nós quem escolhemos.

A hora, o momento, o cumprimento da missão,

também não somos nós quem avaliamos.

Apenas sonhamos que não vamos deixar ninguém

e que, em contapartida, ninguém vai nos deixar.

É preciso amar e você amou.

É preciso se dedicar e você se dedicou,

até mais do que devia, devesse,

pois também não somos nós quem fechamos a conta.

Mas afinal de contas, você foi ou alguém lhe chamou?

Pois acredito que o bonito é reaproveitável

e que o bem é reciclável, haja vista não ser viável,

uma estrela se apagar, sem ter uma outra para substituí-la.

Vá tranquila, pois nessas nossas ilhas, não faltarão orações!

rodriguescapixaba
Enviado por rodriguescapixaba em 05/12/2015
Reeditado em 06/12/2015
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