Ô trrem bão, sô

E no comando desse trem, o Milton

e no vagão, da classe especial,

todo o pessoal do Clube da esquina,

com o Brant, que foi mas não foi,

pois só foi uma ligeira TRAVESSIA.

E a menina Martinha, a Clara,

e a Paulinha.

A arte com seu duplo sentido.

Sou do Vale do Rio doce,

em terras capixabas,

mas meu amor por Minas,

sempre minou a minha resistência.

Quero a locomotiva de volta,

refazendo o caminho até a Bahia,

como em Ponta de Areia

e como pode alguém escrever tão bela canção?

Quero descer pelo Vale,

pelas margens do Rio Doce

e ouvir o Fernando,

em Conselheiro Pena,

afirmando que

"você não me ensinou a te esquecer".

O Zé Geraldo em sua confissão para Deus,

em CIDADÃO. E que bela canção.

E como são belas as Minas,

do carré, do tutu

e da couve a mineira.

Como são belas as mineiras

e como fazer para esquecê-las?

Dumont e o avião

e esperando aviões, do Wander.

Onde foi que ele buscou tamanha inspiração?

O Pelé, de Três Pontas.

Três Marias, na usina onde fui um dia.

Três Corações.

Tudo três e até o triângulo,

onde o Chico dava consultas,

mas, por favor, me escuta

e não demore muito a voltar.

O Eduardo Araujo,

o Reinaldo, do Galo,

são lembranças que

se eu hoje declaro,

é porque eu sou do Vale

e aí tudo vale.

Não quero ir ao Himalaia,

só espero que você,

literalmente caia

e eu possa estar por perto.

Se vai dar certo

ou não vai dar certo,

foi o Juscelino quem disse,

que quem conhece não esquece

jamais.

Ah, Minas Gerais!

rodriguescapixaba
Enviado por rodriguescapixaba em 18/10/2015
Reeditado em 19/10/2015
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