Uma Rosa e um soneto

Já soou o clarim

Já se foi alvorada

Já dei um beijo em meu amor

Já se foi passeio de banheiro do nosso filhote

um ósculo no sol e um abraço no dia

Já se foi café, pão, melão e ração

Já beijei minha flor novamente

abracei meu violão e ganhei a rua

Já visitei um amigo

já cantei em sua porta

já bebi sua caninha, despedi-me e fui embora

pra poder voltar um outro dia...

Já voltei pra casa

com o fim da manhã alimentando a próxima fome do dia

Já cheirei minha linda, agucei o apetite

Já fiz cama na panela

dourei o alho e a cebola

Almocei costela de boi, querendo almoçar a carne dela

Já se foi manhã...

e saciei-me de tudo que o meio do dia me concedeu

Lá vem tardinha e uma preguiça vespertina...

o que a tv oferece é a serpentina que hipnotiza

e me adormece...

Sei que sonho, mas não lembro

não tenho um poema dessa quimera

Desperto ô loucamente

me farto desse Fausto e percebo a falsa luz de filamentos

Busco um Recanto em minha escrivaninha

tropeço em um dilúculo soneto

e perco-me no tempo, confundido, por esse arrebol fora de hora

Meu amor cochila ao meu lado

devo despertar sua boca com a aurora que há na minha

com uma Rosa

e um beijo de um soneto dourado

NOTA: um poema para o soneto, "Dilúculo Dourado" de "Rosa Ambiance" (RosaAmbiance).

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 13/01/2014
Reeditado em 14/01/2014
Código do texto: T4647360
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