Phylipe

está entre nós

esconde suas asas

abençoa e cura com sua presença

espalha sua aura

brincando, rodopiando

disfarçado de criança...

lança seu sorriso de escandalosa silente alegria

através de todo corpo

queima em nós uma felicidade nua em seus olhos

e quando toco

gira ciranda à minha frente e redor

vai e vem com aqueles olhos hilários me fitando

aquelas agulhas

tatuando gargalhadas em minha garganta

e eu, canário, engasgo o que canto

entregue à hipérbole se firmando:

morro de rir

NOTA: ao anjinho, Phylipe, filho de Julcimar e Juliana, neto de Walter e Josana, esse anjo "danadinho" que, às vezes, em minhas apresentações me faz engasgar no meio de uma canção, com aqueles olhos me fitando gargalhadas e alegria, como agulhas, tatuando minha garganta.