Na Infinita Plenitude do Ser (Ode à Mulher)

Sou fêmea desde a gênese

Até o apocalipse

Meandros costuram as formas sutis

De minha silhueta embutida

Em curvilínea beleza

Sou vaidade e Vênus

Se desejar posso ser pássaro

ou Helena a caminho de Tróia

Meu sangue traz o choro da vida

Tenho olhos de universo

Calor dos vulcões em erupção

Na pele trago o perfume dos bosques

E na boca paraísos

Sou bailarina sobre a magnitude da sedução

Rara pérola negra

Magia e orgia

De todas as luas

faço da morte minha redenção & oração

e ainda assim o fascínio uterino

resiste na próxima crisálida

que me fará nascer novamente mulher:

Lucinha Oliveira
Enviado por Lucinha Oliveira em 21/07/2013
Código do texto: T4397282
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