MAR ADENTRO

Amanheceu, cinza, triste

Sem palavras pôs a pensar

E diante da saudade que existe

Seu coração por um instante quis gritar.

Teu nome em alto e bom som

Para que fosse ouvido nos confins do infinito

A dor que causa a ausência daquela que vive em seu coração

Que de tão vibrante se transformou em um intenso grito.

Caminha em lentos passos pela praia deserta

Teus olhos molhados de amor velam o horizonte

Olhou mais abaixo o azul do mar e sorriu para as gaivotas em festa.

Não era triste...queria apenas o amor que bebia em tua fonte.

Fechou os olhos e se deixou levar pelo mar

Sem resistência se entregou as marés

Ouviu o marulhar das águas a cantar

Sentiu-se flutuar...estavam livres seus pés.

E mar adentro pôs se a nadar

Fragmentos de alma em uma eterna busca

Já não era razão...só queria amar e amar.

Aquela que de encanto completou sua alma.

Se morrer , ressurgi no braços da amada

Completa-se em amor e paixão

Numa doce e eterna jornada

Fundem-se em apenas um coração

Imenso esse mar

Intensa essa paixão

Vibra ao luar esse amar

Explode em desejo o coração

Canto para ti uma canção

Que atravesse os confins do universo

Vivo por ti essa louca paixão

E de olhos fechados me perco e me acho nos versos.

Francisco A Silva
Enviado por Francisco A Silva em 16/02/2008
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T861766
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.