A filha do senhor Sol

A dona Lua me disse:

“Filho meu, há quantas noites eu não te vejo,

Seja o que for, pode me contar,

Temos a noite toda para conversar,

E se por acaso chorar,

O meu vento suas lágrimas para o mar irá levar.”

Dona Lua, estou aqui de novo,

É nas suas sombras que quero ficar,

Por gentileza, mande uma chuva

Para as minhas lágrimas camuflar.

Espero que esteja sentada,

Temos muito o que conversar,

E fale para o seu vento me segurar,

Se não, em seu mar irei me jogar.

Peço que tome conta de mim

Quando eu me embriagar,

É para você que tudo sobre ela irei contar.

A filha do senhor Sol,

Mais conhecida como girassol,

Nas noites escuras era o meu farol.

Ela é tão linda e tão delicada,

Toda apaixonada,

Na sua presença eu ficava sem palavras,

Não conseguia dizer nada,

Apenas a admirava.

Com um simples sorriso,

Ela me levava aos meus tempos de menino.

Oh, dona Lua, te peço seu conselho,

Seu filho retornou,

E desta vez ele fala sobre amor.

“O meu filho, por que no meio de tantas estrelas,

Logo pelo o girassol foi se apaixonar?

Oh filho meu, meu guerreiro lunar,

Há tantas sereias que sob o meu luar

Estão a cantar uma melodia tão linda,

Que esse girassol jamais será capaz de cantar.

Há tanta beleza na noite,

Então me diga por que sob a luz do Sol tu foi se aventurar?”

Oh Dona Lua, esse seu filho, o guerreiro lunar,

Sob os raios de sol foi se aventurar,

E chegando lá me deparei com coisas tão lindas,

Coisas tão vívidas que estavam a mexer comigo.

E lá, andando pelo campo, me deparei com um girassol,

De longe eu admirava sua beleza tão radiante,

Tão cativante e tão apaixonante.

Por lá havia tantas flores,

Mas o girassol ganhou meu coração.

Raí Nunes
Enviado por Raí Nunes em 21/05/2024
Código do texto: T8068294
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