O Homem que se apaixonou pelas estrelas

O Homem que olhava as estrelas amava uma mulher intransponível

Num esplendor de beleza incomensurável que nos deixa invisível

Ela era como as estrelas brilhantes luzindo distante

Ao escuro maravilhoso que nos espreita excitante

Nebulosos dias em cristais de solidão onde nada mais importa

Na cinza da memória tentara o suicídio como anteporta

A aleivosia dessa mulher o deixara abandonado em turva lua

Mas o vivo cristal das estrelas nos olhos lhe trouxera cura

O fogo de Prometeu em clara visão cruzou seu destino

E o homem absorto ficou para sempre admirando o céu divino

Sonhos das mil e uma noites decifrando o universo

Mãe de infinda sensação que no amor deixou-o para sempre imerso

E cada estrela era uma mulher em amadurecido silêncio que acalma

Resplandecente no céu em rios secretos que purificam a alma