O Castelo e a Donzela
Na noite passada eu sonhei novamente.
Sonhei que cavalgava inexoravelmente.
Lutando contra todas as desventuras.
Não sabendo que estava diante de novas aventuras.
Me deparei com um grande castelo.
Que, diferente da paisagem, parecia num mundo paralelo.
Como se fosse obra de Igrana.
Ou rascunho dos feitiços de Morgana.
De aspecto sombrio e intrigante
Me impeliu a explorá-lo como um cavaleiro errante.
O castelo era sinistro, me dava calafrios
Exalava sofrimento, reforçado por ventos frios.
Bem no meio possuía uma torre muito alta.
A subi, encarei seus mistérios como criança peralta.
Encontrei presa no alto da torre uma donzela.
A libertei. E, ao vê-la, achei-a muito bela.
Ao saber o motivo do seu aprisionamento.
Ouvi de seus lábios um grande lamento.
Mas, em contrapartida, ouvi o seu canto.
E foi fatal! Fui alvo do seu encanto.
E eu só queria te contar.
Dar uma motivação para o novo buscar.
E essa história não é sobre heróis.
Eu fui lá fora e vi dois sóis.
E a vida ardia sem explicação!
Não tem explicação!
Mas você pode ter certeza.
Não, não tem explicação!