Menino, de veludo marinho

Rei da comédia, me diga, o que te envenena?

e quando, sozinho num pomar estrangeiro,

os aromas se jogam a ti, o que a teu peito semeias?

Se cairmos, nos dois, sob um vasto território,

e a noite, lhe contar sobre quando me reflete orion,

o que querido? o que me contará na sede ?

É que, quero em ti ver também sóis e mares,

onde, com meu barco a vela inexorável,

eu possa, no navegar, beijar te a verdadeira face.

Que fôssemos juntos assim, por uma cidade,

na Itália, lembrarei de Byron, e serei maior,

quando, numa manhã a rodo, cantar-te

E quando, a tarde, triscar esse veludo marinho,

vou me afogar, levado na maré deste rio,

e desaguar, junto a ti, num mar infindo.

Então, querido, me mostre, teu gigante aflito,

e só aí, de ressaca, serei também verdade,

espero, por cisco, te ver mais que um menino

Luana Cezar
Enviado por Luana Cezar em 30/03/2024
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