Menino, de veludo marinho
Rei da comédia, me diga, o que te envenena?
e quando, sozinho num pomar estrangeiro,
os aromas se jogam a ti, o que a teu peito semeias?
Se cairmos, nos dois, sob um vasto território,
e a noite, lhe contar sobre quando me reflete orion,
o que querido? o que me contará na sede ?
É que, quero em ti ver também sóis e mares,
onde, com meu barco a vela inexorável,
eu possa, no navegar, beijar te a verdadeira face.
Que fôssemos juntos assim, por uma cidade,
na Itália, lembrarei de Byron, e serei maior,
quando, numa manhã a rodo, cantar-te
E quando, a tarde, triscar esse veludo marinho,
vou me afogar, levado na maré deste rio,
e desaguar, junto a ti, num mar infindo.
Então, querido, me mostre, teu gigante aflito,
e só aí, de ressaca, serei também verdade,
espero, por cisco, te ver mais que um menino