O Diapasão Dourado

“Cultura milenar - Temos uma sintonia comum. No Japão, a ressonância emitida pelos seres humanos é chamada de "Hado" e cada indivíduo tem uma frequência diferente. Porém, quando indivíduos ressoam de forma semelhante, esses se atraem. (...)”

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Deus, o grande compositor divino,

Em sua sabedoria infinita e divina,

Criou o universo como uma só melodia,

Cada átomo, um som, em harmonia.

Um diapasão de ouro puro Ele usava,

Cuidado por anjos, sua confiança depositava,

Esses anjos, inseparáveis e travessos,

Falavam, pensavam e andavam juntos, pareciam um só.

Mas um dia, em suas travessuras,

O diapasão caiu e se partiu em duas fissuras,

Uma dor imensa tomou conta deles,

Perderam a união, as vozes e os passos tão fiéis e puros.

Preocupados com a harmonia do todo,

Procuraram o Pai, que lhes deu um modo

De restaurar o que havia se quebrado,

Mas não seria fácil, pois a busca era um fado.

As duas metades do diapasão na terra foram enviadas,

Para viverem como seres humanos, em diferentes jornadas,

Desde então, os anjos procuram pelas metades,

Mas a busca é complexa e cheia de adversidades.

As metades nascem, crescem, fazem escolhas diferentes,

E os anjos seguem em busca, persistentes,

Às vezes, encontram metades aparentemente iguais,

E tentam uni-las, com alegria e paz.

Mas Deus diz: "Pequeninos, ainda não é o momento,

As metades precisam se libertar do pensamento,

Das escolhas mundanas e individuais,

Para que o amor possa agir, em vibrações celestiais."

O céu se encheu de festa, pois há muito tempo atrás,

Os anjinhos conseguiram, após tantos enganos, unir as duas metades,

Metades quebradas, é verdade,

Mas com a ajuda divina, estão buscando a afinação perfeita, com vontade.

E assim, os anjos encontraram a verdadeira harmonia,

A união das metades, em perfeita sintonia,

O diapasão restaurado, a melodia ressurgiu,

E o universo inteiro, em uma única música, se uniu.

E Deus, o grande compositor divino,

Sorriu ao ver seus anjos em pleno destino,

A música da vida, agora completa e bela,

Eternamente ecoando, em perfeita sinfonia celestial.

Texto escrito em 2011.