Mar Branco

Das nossas mãos nascem tormentas,

E da boca a palavra transborda em saliva,

Línguas que se demoram no romper dos corpos,

Saciando a fome inteira, sua e minha.

No infinito das ondas que se alternam na costa,

Numa dança eterna, íntima e nua,

Nos misturamos à arrebentação.

Nesta vastidão somos maré e lua,

Intensidade que devora, prazer na profundidade, oceanos em exaltação.

Fluidez das almas submersas na imensidão.

Brincando com as marés que cantam baixinho,

Mergulhamos no azul profundo, descobrindo segredos que só o mar tinha ouvido.

Nossos toques serão marcas que deixaremos na areia,

Uma história escrita em cada onda que vagueia.

AlineLima
Enviado por AlineLima em 21/08/2023
Código do texto: T7867029
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