Minha mulher e seu véu.

Aquele corpo malevolente

Chamativo tal como a morte por um inconseqüente.

Leva-me à beira de um penhasco.

Torna-me bobo perante seu glamour.

Vem menina moça, vem cair em meus braços.

Juro-te, vou saber apreciar o teu doce sabor.

Noite e dia, dia e noite.

Sentirás de meu corpo, este brado ao calor.

És a dama da meia-noite,

aquela que incendeia como o fogo.

Brilha como poucos.

Esta silhueta, em forma de violão.

Conclamem!

O sorriso de Lady Dy enfim voltou.

Serás a prometida de um Deus?

De pouco importa.

Criarei dogmas se preciso.

Cultuarei ao demônio por essa libido.

Ó senhora do destino da plebe, escolhe-me!

Vais ver que sei fazer o amor nascer.

Vais ver que não sou o retrocesso humanitário que o teu Deus fez-me parecer.

Seu véu cai.

Ilusões de Sade se foram.

O desejo, antes ardente, agora é pungente.

O ideal feminino que todo homem quer.

Descobri que tinha a Deusa ao meu lado.

Sou o seu safado e você, minha mulher.