ROSA E ESPINHOS


Debrucei a minha cabeça no colo
Da minha amada,
Esqueci que os anos passam sem
As horas atrasadas,
Calei a minha voz para colher os
Teus suspiros,
Queria descobrir que o amor não
É de vidro!

 

Tantos dias medindo forças sem
Vencerem o que vem de dentro,
Faz de conta que parece ouvir 
A voz do meu silêncio,
Uma chama ilumina envolvendo
A intimidade,
Simplesmente é amor, não importa
A idade!

 

Carinhos não pagam dívidas nem
Ao menos compram as saudades,
Mas quando tocam o profundo
Apagam-se as maldades.
As palavras são cadenciadas
Mergulhadas como peixinhos,
E a alegria da minha amada como
Um navio, um barquinho!

 

Não para de desbravar o mar 
Na calmaria,
É a brisa suavizando o interior
Como ondas pequenas de um rio,
Ciúmes que soprarão bem longe
Dos nossos destinos
Sempre hei de te amar como
Uma rosa cheia de espinhos!


 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 20/09/2022
Reeditado em 16/08/2023
Código do texto: T7610319
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