Soneto da Ausência

Em uma conjugação sublime

entre o concreto e o abstrato

pequena é a passagem do hímen

consentindo um ínfimo contato

A carne neste troar insincero

encontra muito pouco acalento

pois neste êxtase efêmero

sua fome é saciada pelo vento

A sua adversa refuta a disputa

a seu modo se torna absoluta

e existira por infinitas eras

E busca a sua perfeição enquanto

a carne segue sempre murchando

sendo apenas restos das suas próprias guerras