RECANTO DAS PAIXÕES

 

Quanto tempo tem um tempo,

Para que possamos ter tempo!

 

Passa toda molhada envolvida

Na toalha cheia de espuma,

Em câmara lenta encharca o ar

De seu perfume,

Os cabelos balançam em direção

A janela do quarto,

O vidro do espelho reflete teu

Corpo ainda embasado  

Com as marcas de batom.

 

Os recantos das nossas paixões,

Sejam entrelaçadas da cor 

Do colchão onde dormimos.

As grades da nossa cama sejam

As testemunhas oculares do amor

Noturno,

A nossa respiração continue

Ofegante  e silenciosa.

 

A arte  da vida continua a pintar

A nossa história,

Quando os pedaços de cada um

De nós venham a reclamar 

Das saudades, 

Precisamos estar juntos 

Para conquistar a nossa liberdade.

Se acontecer de ficarmos cegos 

Um pelo outro,

É necessário andarmos unidos

Para que possamos não perder

A razão.

 

Entrando a noite  escondemos 

As nossas falhas antes de dormir,

O que falamos por detrás das paredes

Ninguém possa ouvir,

As luzes dos nossos quartos só 

Acendem em nossos dias,

Mas o sol que brilha forte lá fora,

Aproveita também a imagem 

De uma pequena lua no céu!

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 15/12/2021
Reeditado em 02/11/2023
Código do texto: T7407767
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