Se algum dia
Pensares em voltar
Volta
Mas em plácido silêncio
E não batas à porta
Não!
Deixa-me crer que de fato partiste
Sem concessão nem volta
Por favor!
Não batas à minha porta.

Se algum dia, quem sabe
Voltares ao nosso lugar
Não plantes sequer uma flor
Pois em mim a raiz que arrancaste
Não cessa em ser lembrança e dor.

Mas se ainda assim voltares
Não penses que irás me encontrar
Pois desse jardim ora deserto
Partiu este jardineiro incerto
Para nunca mais voltar.

Crédito da imagem: http://genjuridico.com.br/2017/07/27/da-indenizacao-por-abandono-afetivo-na-mais-recente-jurisprudencia-brasileira/