Abraço

De quantos finais sou feito?

Dos meus, de outros, de tantos...

Antes de um inevitável pranto

Quero deitar-me em teu peito.

Desejo-te, mas evito sufocar-te,

E fujo de teus calorosos braços

Mas quando de nós se faz espaço,

Transformo-me a saudade em arte.

Por isso, em ti, amo demorar,

Lar de imprevisível aconchego,

Fonte de leveza e sossego;

Percepção de um simples olhar.

Até que precise ir embora;

Até que o precises também;

Eu devo permanecer refém

De nossas delicadas horas.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 09/09/2021
Reeditado em 15/09/2021
Código do texto: T7338384
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