Noite insone

Uma chuva rápida no inverno

E uma noite quente

E o frio me faz companhia

Abraçando meu coração solitário

O desconcerto em mim

Desconcerta o mundo

Certo mesmo

Só o que sinto por ti

Minha senhora

Tu que andas tão longe de mim

Carregas meu coração contigo

Sem querer

Ou por querer

Me deixa sem coração

Soprando versos chorosos

No frio da solidão

Minha senhora

Te peço que cedas um tempo

E penses em mim

E então cantes ao vento

As cordas me acompanham

Nas poesias de amor

E hão de me acompanhar

No último grito de dor

Os versos que verso aqui

De Petrarca a Camões

São todos, senhora, pra ti

E pra nossos dois corações

Todos os sonhos do mundo

Que tem-nos Álvaro de Campos

São nada se comparados

Ao sonho que canto nos cantos

Minha senhora

Perdoa este pobre ser

Que não faz nada senão

Amar a ti e sofrer

Pedro Paz
Enviado por Pedro Paz em 09/09/2021
Código do texto: T7338241
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