Felismina

Felismina... Sou rico.

Pois deste existir que em ti eu sei, sou feliz,

Você veio de mansinho... Feito estrela cadente,

Eu que despreparado, me perdi de espanto,

Me afoguei na alegria que nunca beberei,

Foi paixão, foi atração, foi tão simples, foi,

Eu nem sei se algum dia serei o que fui...

Nessa caminhada de amores meus, teus olhos: Me achei.

Por mais que seja minha pobreza, ou eu ser feio demais,

Pois não posso ser o que tu me fascina...

Na expectativa de um coração a tua mística me influi.

Ora, tudo é pacato, e essa paixão; minha saúde,

Vivemos num maremoto de tão Humano de solidão,

Ganhamos e perdemos, mas Felismina, me tens!

Se sorte que me ascende pecado deste amor sou trevas,

Ó quão vago é a juventude...

Tudo é dolorido...

Tudo é sem paz...

Tudo é um beijo atrás de promessas...

Esse poema é meu único século,

Na dúvida que me atrai sonho meu; Felismina é fantasma?

Ó como amarras das ataduras do agora serei gotas sem carinho,

Me toma! Me domina! Chamo tua atenção! Me sequestra...

Por amor que nem vivi, Felismina, sou tua vítima.

Ó amor da vanguarda dos loucos,

Ó amor da embriagada época dos vagabundos,

Ó amor que trai essa condição de sozinhos,

Num oceano, num profundo de emoções, Felismina, é mítica.

Se na luz pouco tenho o que ver sou cego sem ti,

Se no corpo prazer esse tenho, pouco importa...

... O meu prazer dou-te gozo nome: Felismina.

Vem ave de um distante paraíso...

Descanse pobre anjinho cansado de cantar...

Dança bailarina em sapatilhas de nuvens...

Inflama fogo de delícias na voz de minha sereia...

Verte pétalas de muitas rosas da beleza de virgem...

Olhos negros ao carinho do mistério...

Ao bom e sonoro canto do rouxinol um sonho azul.

Felismina, o que me fascina é tua verdade,

Verdade de Mulher abismo meu,

Nem que nessas palavras algum sorriso nem tenho,

Sou triste.

Sou pobre.

Sou poeta.

Sou em mim, pioneiro de ti.

Aos sonidos teus sou atraído...

Nos caminhos da paixão tantos não voltam,

Sou pobre pecador,

Sou farto de admiração Virgínia menina,

Ó que o Sol confesse,

Ó que a lua se dobre,

Ó que as estrelas nem mais brilhem,

Ó que a Terra cuide dela bem,

Ó que as cores do arco-íris dê mais matizes,

Ó que o tempo seja abundante de propósitos,

Sou esse aprendiz da paixão; Felismina é loucura.

Nem sei se é bom brincar com a sorte,

Ou mesmo colher uvas nos vinhedos sem razão,

As maçãs nem ainda conhecemos,

E as framboesas dizem adeus,

Mangas não tem mais,

E os avelãs os anjos levaram embora,

Somente ficou o melhor e perfeito pra mim: Felismina.

Ó solidão irmã... Me deixa...

Ó como sou Feliz...

Ela existe nesta Terra...

Em liberdade é vestida,

Em formosuras vem pomba minha,

Sem o meu amor eu não serei.

Sem meu querer maior serei pobre,

Sem meu carinho de Mulher, o que posso fazer? Morrer?

Os santos falaram,

As virgens confessaram,

Os anjos comentam lá no Céu,

Fadas a muito tempo cantam,

As aves fofocam com as flores,

A lua fica de gracinhas rindo,

E os românticos desejam muitas bênçãos,

As crianças escrevem sobre tal assunto,

As senhoras de bem abençoam,

Os poetas aclamam sobre tal,

Os sonhos revelam,

O amor faz poesia em assembléias de sonetos,

E a paixão: A paixão vibra de alegrias, em alegrias, de alegrias:

O Michael tem madrigais de amores, pela:

Azaléia mais venusta:

Felismina... Felismina... Felismina...

Musa e; Lis.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 13/06/2021
Reeditado em 14/06/2021
Código do texto: T7278269
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