De graça

Nenhum porquê para o amor;

Campo fechado à razão

Eu entendo o que sinto

Mas me foge o motivo.

Tão próximo do instinto,

Tão longe da técnica...

Formar métricas, consigo;

Em seu delicado tributo.

Posso ser dele um fruto

E de seu fruto nunca ter provado

E se já, nem saber quando

Por ele posso ter ajoelhado

Em gratidão ou pedido

E pela incerteza da recíproca,

Percebemos com o tempo

Que só se ama, amando.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 06/05/2021
Reeditado em 06/05/2021
Código do texto: T7249596
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