De graça
Nenhum porquê para o amor;
Campo fechado à razão
Eu entendo o que sinto
Mas me foge o motivo.
Tão próximo do instinto,
Tão longe da técnica...
Formar métricas, consigo;
Em seu delicado tributo.
Posso ser dele um fruto
E de seu fruto nunca ter provado
E se já, nem saber quando
Por ele posso ter ajoelhado
Em gratidão ou pedido
E pela incerteza da recíproca,
Percebemos com o tempo
Que só se ama, amando.