INDIFERENÇA

Abandonei meu ninho

e como um faminto

espécime da atenção,

tendo dorido o coração

voei por longínquos

torrões de ilusões,

de tristezas, angústias

e nos estertores da vida

insana regressei ao meu

alento e respirei

até o profundo das covas

de meu peito,

revivendo apenas

para te dizer

esqueça-me!

Nada mais de ti existe

em mim e no meu meu voo!

Nunca mais me olhes,

me vejas, me protejas,

pois que de ti

quero apenas

indiferença!

EugêniaL.Gaio

Eugenia L Gaio
Enviado por Eugenia L Gaio em 23/02/2021
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