Chitra
Aos poetas, a noite;
Cama cheia de satélites,
Tentando localizar
O paradeiro da outra metade.
No caderno, poemas;
Canetas derretidas
Sobre incondicional papel.
Lá fora, as estrelas
Espiam por alguma janela
Bordados, esquemas
Açucarados de mascavo
Até que exposto o real estado
De um ser borbulhando amor!
Com palavras, desenhando flor.
E depois de tudo,
Um novo mundo é visto,
Mas não se mensura,
Ainda que se o queira crer
A profundidade daquilo.
Fica por conta do sentir.