Por inteira

E agora, o que faço eu

com você? Penetrando, invadindo, convidando

a si mesma... para o meu sonho?

Descrevendo você como se já estivéssemos juntos

mas - ainda! - nunca aconteceu.

Percebo que, sendo sonho meu,

vontade se esgueira dentro de mim... de te consumir

inteira.

Não sei se já não teria ocorrido, não fosse esse ano e temporada

distante de você. Talvez eu teria decidido ir

e te encontrar para uma quaresma

só nossa, convidando você para uma dança que seria totalmente despida

de compromissos outros e receios.

Se estivéssemos juntos, seria temperada

com todos os meus afetos, sem assombros e rodeios.

Em integridade me entregaria. Você mesma

saberia como, em meu sonho, te amo sem me apressar

para aproveitar

cada segundo de você... por inteira.

Se eu pudesse, ainda que tardonho

faria real esse sonho

e diria que já não saberia mais diferenciar

entre a virtualidade e a realidade

entre a sublimidade e a atividade

entre a imensidade e a simplicidade

de tocar e ver você, ao ver os raios de sol de sua janela

revelando as curvas do teu rosto e do teu corpo, belos e abjuntos

em você, amor que conquistou minha cidadela.

Poderosa, abrasadora, bela... você é. Por inteira.

ALIVAVILA
Enviado por ALIVAVILA em 18/10/2020
Reeditado em 29/09/2021
Código do texto: T7089922
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