Monstro do pântano

Quando já estava me acostumando com o gosto do pântano

Você puxou os meus pés

Pela primeira vez eu olhei para a lua,

Mas, só porque estava refletida em seus olhos,

Através das lentes dos óculos,

Que pareciam as mais belas janelas,

Por onde se podia ter a visão do paraíso.

(pelo menos para mim)

Desde então, eu soube como era amanhecer o dia,

Com o sol que toca o meu rosto

Ou talvez, fosse o seu abraço,

Ainda que meus pés estejam sob a água,

Eu busco uma margem para poder te encontrar,

Em algum momento a água secará

E enfim, poderei ir um pouco mais longe,

(caminhar para fora do pântano, antes que eu precise voltar.)

Só você pode me levar para ver as flores

Que eu nunca quis conhecer…

Caso não possa vir hoje,

Só me resta esperar novamente amanhecer.

Pode correr pelos seus campos,

Assim que possível, eu te alcanço.

Realmente, o meu lugar é ao seu lado.

(só você aceita as algas e musgo em meu rosto.)

Mas, eu preciso saber a minha hora de voltar,

Infelizmente, para as profundezas do lago, ou de algo.

Para longe desse sol,

Só quero vê-lo através dos seus óculos,

A medida que você se aproxima pra me ver.

Pisando em meu casaco, para não sujar os sapatos brancos,

No fim, eu só necessito de um abraço…

(Mas, não de qualquer abraço, somente o Seu…)

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 17/09/2020
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T7065752
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