Carência
É uma flor toda murcha avistando um rio
É até confundida com alguma paixão
É a expectativa de algum desafio
É da vida da gente expectação
É um medo incontido de enfim ficar só
É também comparada com uma atração
É a busca constante que desate o nó
De uma vida vazia querendo atenção
É não ver que, as vezes, a gente se basta
Com o valor tão intrínseco e subjetivo
É se olhar no espelho com angústia vasta
É esquecer qual, da vida, é o objetivo
É ainda achar que alguém é incompleto
É por fim se anular e se ver dependente
É a ansiedade por qualquer afeto
É a doutrina ilusória formando o carente.