Senhora
Ó senhora do meu destino,
diante de ti sou menino.
Febrento suplico teu colo,
com fé o teu amor esmolo.
Ó senhora do meu destino,
tem piedade do menino.
No alto do céu te vejo lua
e na cama te quero nua.
Não vês? Sou pequeno e carente,
posso chorar tão de repente...
Dá-me, pois, teu amor felino,
Ó senhora do meu destino.
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N. do A. - Na ilustração, Fluxo de Amor de Leonid Afremov (Bielorússia, 1955 – México, 2019).