Romeu Saquaremense

Nas curvas da jovem Bela, encontro uma cela.

Na alcateia de suas lembranças, noto uma nova dança;

Encoberta de fazeres, um somatório de prazeres.

A retidão de meus desejos, escorregando em meus dedos.

- Alcançá-lo-ei pelas vilas de minha cidade.

- Cabes que me diga, o que a de fazer?

- Subirei pelos montes de pedra, só para que encontre uma destas.

- Sabes que não há levantes, mas lhe aceito como figurante.

Como há de poder nas curvas de Bela estar;

Como há de poder em suas lembranças dançar;

Como há de poder em suas pernas somar, se não há formas de lhe encontrar.

Se Romeu morreu em réu de Orfeu.

Mas Julieta em avareza desleixa a corteja;

Se Romeu fosse Saquaremense, Julieta seria uma onda valente!

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 05/05/2020
Reeditado em 12/07/2020
Código do texto: T6938019
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