venha ser minha ruína

doce é o som da boca

cuja ansiedade a tocá-la

me mata lentamente

neste confinamento que ambos

estamos.

as fantasias perambulam

sobre minha cabeça

após me deitar insatisfeito

com as notícias.

do que me adianta as fotos

nos jornais

quando são as palavras que

me satisfazem?

galáxias colidem dentro de mim

e é por isso que existe a confusão

sobre o que estou sentindo,

mas os conflitos entre países

por conta de sua beleza

apenas me esclarecem esses desejos

carnais, me levando aos Campos Elísios

com uma flor, para ti, em meu peito.

guardo seus beijos em uma caixa

para presenteá-la no dia que nos

vermos.

mas enquanto esse dia não chega,

eu volto a esticar minha colcha de

sonhos

costurado com a paciência da noite.

Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 25/04/2020
Reeditado em 26/10/2022
Código do texto: T6928358
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