Instrumento periférico

A brisa toca a janela,

Como um instrumento periférico

batuca em toques histéricos,

As suas pestanas;

Como se, abertas, estivessem em polvorosa

As suas persianas,

Frente a uma noite

Refletidas nos meus sonhos

E pesadelos.

Neles te perco e te encontro

Te chamo,

chamo,

Chamo...

Na claridade do vazio da noite

Nasce o dia

Com a imposição das palavras que clamo

Quando vem a poesia dizer ,

Ondulando em meus ouvidos,

Te amo

Amo

Amo...

Still Got The Blues

https://www.youtube.com/watch?v=ePfX5lOs8sI

Uma correnteza não pode vir a você, mas está fluindo, você pode se jogar nela. Render-se significa fluir com a torrente, abandonar-se à torrente. A torrente está fluindo; e a pessoa a segue. Deixa acontecer, solta-se totalmente.

Iniciação é um soltar-se; é uma confiança completa, uma rendição total.

Não existe rendição parcial, porque na rendição parcial você está refreando algo e esse refreamento pode empurrá-lo novamente para o sono profundo. A parte não rendida, revela-se fatal.

É por isso que a confiança foi e sempre será um requisito básico para a iniciação. Essa rendição destrói toda a projeção da mente.

A iniciação existe para lhe dar um céu aberto. Ela o empurra para que você possa voar no céu aberto. E você tem de voar sozinho; você tem de contar consigo mesmo. Sannyas significa que você chegou a compreender que é uma semente, e este é apenas o começo. Ser iniciado no sannyas significa tomar a decisão de começar a crescer. O crescimento vem pela liberdade; o crescimento vem pela insegurança.

Com o sannyas, você alcança o âmago da religiosidade – revelando e descobrindo novamente a corrente viva – aquela que existe por trás de todas as tradições mortas, de todas as escrituras mortas, de todos os gurus mortos e igrejas mortas.

Meu amigo Chandra.