1984 CERTEZA CONCRETA

96 — PABXm² CERTEZA CONCRETA

Protegido Conforme Lei de proteção Autoral. 9.610/98

1984 TÍTULO= CERTEZA CONCRETA

Enquanto lá fora

Uma chuvinha molha o chão

Assim num devagar

Bem devagar

Em um molhar

Sem molhar

A minha devida empolgação

Aqui

Dentre estas quatro paredes

Uma menina louca

Se põe em braços cheia de sede

Para que eu me entregue

Sem medo

Sem farpa

Sem capa

Se pondo a disposição

Com a tua polpa

Em um jogo preciso de ilusão

Sussurrando em meu ouvido

EU TE AMO

Em momentos precisos

Na qual o feito indeciso

Não tem lugar

Num sentimento paixão

Quando se há

A certeza concreta de um amor

Alojado no coração

Enquanto lá fora

Uma chuvinha molha o chão

Assim num devagar

Bem devagar

Em um molhar

Sem molhar

A minha devida empolgação

Aqui

Dentre estas quatro paredes

Uma menina louca

Se põe em braços cheia de sede

Para que eu me entregue

Sem medo

Sem farpa

Sem capa

Se pondo a disposição

Com a tua polpa

Em um jogo preciso de ilusão

Sussurrando em meu ouvido

EU TE AMO

Em momentos precisos

Na qual o feito indeciso

Não tem lugar

Num sentimento paixão

Quando se há

A certeza concreta de um amor

Alojado no coração

Título= CERTEZA CONCRETA

Protegido Conforme Lei de proteção Autoral. 9.610/98

Autor Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (M. B. Gomes)

Escrito em (LOCAL) Rua MINISTRO GASTÃO MESQUITA,

Data 11/02/1984

Dedicado à 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na B.N.B.

https://docs.google.com/document/d/1PFawWJ-cGr3mAsFNNmO1mslklka2uDmB8HpEPY0RgKM/edit?usp=sharing

Análise sintática:

O texto é uma poesia composta por duas estrofes idênticas.

A primeira estrofe descreve o cenário do lado de fora, com uma chuva molhando o chão devagar, enquanto expressa a empolgação do autor.

Na segunda parte da estrofe, descreve o cenário interno, entre quatro paredes, onde uma menina louca se coloca nos braços do autor, cheia de sede, para que ele se entregue sem medo.

A segunda estrofe repete a mesma descrição dos dois cenários.

As duas estrofes são constituídas por orações simples coordenadas, descrevendo os dois cenários paralelamente.

Há também orações subordinadas adjetivas explicando detalhes dos cenários, como “num devagar” e “bem devagar,” e orações subordinadas adverbiais de tempo “Enquanto lá fora” e “Aqui”.

As rimas entre os versos reforçam a estrutura poética do texto. A linguagem é bastante figurada e sugestiva, com o uso de metáforas como “minha devida empolgação.”

Em suma, trata-se de uma poesia com duas estrofes idênticas, constituídas por orações simples e subordinadas, com estrutura paralelística e rimas, descrevendo dois cenários de forma poética e sugestiva.

HISTÓRIA

Nessa época eu era um cara hiper apaixonado, então eu e minha noiva, como era praxe em todos os finais de semanas, estávamos ali dentro daquelas quatro paredes nos curtindo, as escondidas é, claro néh, mas naquele fim de semana em especial, diferia, nós estávamos ali as escondidas, para comemorarmos o aniversário dela, enquanto lá fora caia uma garoa fria, como se estivéssemos no inverno, porém era verão, eu tinha que sair no meio daquele tempo frio e comprar algum alimento para nos alimentarmos afinal, dois corpos que se querem degustar, ali em cima de tapetes e se cobrindo com cortinas velhas dentro daquele cubículo, precisavam também de se alimentarem, apesar que minha, na época noiva, parecia não sentir fome, pois dizia para eu não sair.

Porém, eu sabia com certeza que ela estava com uma tremenda fome, pois já eram por volta de treze horas, e estávamos ali dentro, desde a meia-noite, sem contar que nos encontramos por volta das dezenove horas da noite anterior, lá na esquina da Rua Alfonso Bovero com Dr. Arnaldo, na antiga padaria REAL.

Mas fora assim, que enfrentei aquele frio danado e fora comprar na padaria da esquina da Rua Cayowaá com Rua Wanderley, algumas coxinhas, rissoles, pasteis e uma garrafa pequena de, mais ou menos meio litro de café com leite quente, e quando estava voltando no meio daquela garoa fina e fria, me veio a ideia de escrever uma letra de música contando sobre a euforia, e o que eu e ela estávamos realizando e vivendo neste dia de comemoração.

Foi quando ao entrar em silêncio, em nosso cubículo e subir as escadas, que forrei um local ali no chão com um pedaço de pano claro, pus o nosso alimento do corpo em cima do tecido, peguei os dois copos que havia trazido da padaria, coloquei café num deles e dei a ela, nesse momento ela nua se encontrava sentada ao lado do tecido, foi quando me sentei e juntos degustamos o nosso almoço.

Porém, a ideia estava fixada em minha mente, em escrever algo, que se referenciasse a nossa comemoração dentro daquelas quatro paredes, e fora assim que eu ao olhar outra-vez o tempo frio de garoa, já lá dentro do nosso cubículo e em sua companhia, que comecei ali mesmo, a cantar o começo desta poesia, como sendo a primeira estrofe, e que assim ficou, porém, ainda sem título, depois intitulada CERTEZA CONCRETA?

Enquanto lá fora

Uma chuvinha molha o chão

Assim num devagar

Bem devagar

Em um molhar

Sem molhar

A minha devida empolgação

Após cantar esta primeira estrofe, eu beijei aquela dama aniversariante da semana, que se encontrava ali comigo (minha noiva), desde a noite anterior, num adubar contínuo de nossos devaneios carnais, mas a estrofe, já cantada por mim, não deixava minha mente, mesmo eu estando ocupadíssimo com aquele monumento moreno, que punha água na boca de muitos amigos e outros transi ondes, eu num jogo louco de beijos, nós desfrutávamos daquele fogo desejo, que sem percebermos, exalava o aroma do nosso ato debaixo dos trapos de cortinas, ela parecia louca, quando entrava em êxtase, parecia não pensar em nada, pois estava deslumbrada com o feito ali, a garoa fina, a companhia do terrível frio era contínua.

Por este motivo, resolvemos deixar nossos corpos adormecer, logicamente que isso acontecera, por volta de umas dezesseis horas, depois de nosso desfrute, após o nosso fortalecido café ou como quiserem “ALMOÇO”, quando acordamos já estava escuro, mas nós outra vez, desfrutamos, entre braços cruzados e carícias das delícias de nosso momento a sós, pois ali dentro parecia ser um paraíso, o nosso rico paraíso, as escondidas, é claro?

Enfrentamos aquela garoa e frio felizes da vida ao sairmos dali, passamos pela padaria, pedimos um café quente, e enquanto degustávamos aquele café e seu aroma, percebi que a estrofe da minha possível poesia, ainda estava em minha mente, mas me calei, olhei o relógio na parede, marcava vinte horas e treze minutos, saímos dali, como se nada tivesse acontecido, como se não estivéssemos vividos, aquele precioso final de semana, dali subimos a Rua Caiowaá com destino a padaria Real, curtimos alguns momentos de risos no local, com Paulinho, Klaus, Luizinho, Cida, Solange, Manoel e Julia que era na época namorada do Manoel….

Depois descemos para a famosa pracinha dos skates (Praça Joanópolis), a turma nossa, que ali se reunia, não estava, afinal de contas, era domingo e estava frio pacas, então seguimos rumo a Av. Heitor Penteado, embarcamos num ônibus em destino a praça Amadeu Decome, descemos e eu a deixei na Rua Ibiraçu, 230, isso após nos atracarmos em beijos e abraços naquele frio, porque a garoa já havia acabado, foi então que subindo rumo a Cerro Corá, percebi, que eu não havia esquecido a estrofe;

Foi então que comecei a cantar a danada, nisso eu ia caminhando, subi a Rua Ibiraçu, peguei a Rua Cerro Corá, segui à direita na Rua Heitor Penteado, quando cheguei na Rua Apinajés, eu já sou estava repetindo a poesia toda, através do canto, quando cheguei na esquina da Rua Ministro Gastão Mesquita, eu me vi abismado, pois eu havia vindo andando da Rua Ibiraçu até ali em casa, andando e cantando naquele frio danado.

Ao entrar em casa, ali na Ministro Gastão Mesquita, 538, antigo 552, disse “Boa Noite” a minha irmã Angela e a minha hoje finada mãe “D.ª LULU”, sentei me rapidamente a mesa da cozinha, e comecei a escrever num caderno de atas, para não esquecer a poesia e ficou assim como está até hoje.

Assinado

MAKLEGER CHAMAS

O Poeta (Manoel B. Gomes)

Análise sintática completa e numerada:

DA HISTÓRIA

1. Sujeito: Eu / Predicado: Era um cara hiper apaixonado

2. Sujeito: Eu e minha noiva / Predicado: Estávamos ali dentro daquelas quatro paredes nos curtindo

3. Sujeito: Nós / Predicado: Estávamos ali as escondidas

4. Sujeito: Lá fora / Predicado: Cai uma garoa fria

5. Sujeito: Eu / Predicado: Tinha que sair

6. Sujeito: Dois corpos / Predicado: Queriam degustar

7. Sujeito: Minha na época noiva / Predicado: Parecia não sentir fome

8. Sujeito: Ela / Predicado: Estava com uma tremenda fome

9. Sujeito: Nós / Predicado: Nos encontramos

10. Sujeito: Eu / Predicado: Enfrentei aquele frio danado

11. Sujeito: Eu / Predicado: Fui comprar

12. Sujeito: Eu / Predicado: Estava voltando

13. Sujeito: Eu / Predicado

Aqui está minha tentativa de melhorar o texto, mantendo o significado e a estrutura originais:

1984 TÍTULO=CERTEZA CONCRETA

Protegido Conforme Lei de proteção Autoral. 9.610/98

Enquanto lá fora

Uma chuva leve molha o solo

Lentamente

Com calma

Molhando

Sem encharcar

O meu fervor apropriado

Aqui

Entre estas quatro paredes

Uma donzela delirante

Se põe nos meus braços,

“Sedenta”

Para que eu me entregue

Sem medo

Sem máscara

Sem disfarce

Oferecendo-se de bom grado

Com o teu corpo

Num jogo preciso de ilusão

Sussurrando em meu ouvido

EU TE AMO

Nos momentos certos

Onde a incerteza não cabe mais

Num sentimento apaixonado

Quando, se tem

A certeza concreta de um amor

Alojado no coração

Enquanto lá fora

Uma chuva leve molha o solo

Lentamente

Com calma

Molhando

Sem encharcar

O meu fervor apropriado

Aqui

Entre estas quatro paredes

Uma donzela delirante

Se põe nos meus braços, sedenta

Para que eu me entregue

Sem medo

Sem máscara

Sem disfarce

Oferecendo-se de bom grado

Com o teu corpo

Num jogo preciso de ilusão

Sussurrando em meu ouvido

EU TE AMO

Nos momentos certos

Onde a incerteza não cabe mais

Num sentimento apaixonado

Quando, se tem

A certeza concreta de um amor

Alojado no coração

Título= CERTEZA CONCRETA

Protegido Conforme Lei de proteção Autoral. 9.610/98

Autor Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (M. B. Gomes)

Escrito em (LOCAL) Rua MINISTRO GASTÃO MESQUITA,

Data 11/02/1984

Dedicado à 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na B.N.B.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 03/02/2020
Reeditado em 04/01/2024
Código do texto: T6857681
Classificação de conteúdo: seguro
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