RARA

RARA

A beleza, que tão rara, sempre é

A que te vejo. E em ti.

O que me apresenta, mesmo quando

Não te vejo! Completamente linda.

Estonteante! Nas horas, as que, as vezes.

Destas muitas, em minutos ou a longas horas.

Te espero! Quanto mais penso, mais te desejo!

E, as noites que te toco, dás, a mim mesmo!

O amor que de mim em ti que ainda conténs!

Os toques mais sutis, e eu comigo mesmo!

Ainda penso! Por que? Mais quantas horas,

Meses ou anos... Me lembro de antes,

E hoje? Tão próximos! Noutras tão distantes!

Hoje! Um destes, dos tais dias, das simples horas...

Que ao te ter! As vezes! Tinha sempre certeza.

Me perdia. Em minha própria. Delicadeza! Amor!

Noutras tantas, que ainda te vejo,

No aqui e agora, como te desejo.

Ainda penso, com humildes olhares! Calor!

Toda a vida que ainda me resta,

Nesta réstia de vida que ainda vivo

Me resta! Eu mesmo. Olhos? Por que ainda insisto? Em te ver?

Te vejo! E mesmo às vistas. Que a mim, ao lado

Não me percebas, ainda sinto. Penso, o quanto te desejo!

E assim, que tal, te detenhas! A olhar a quem tanto te Ama!

E e tu, tão rara as vezes. Nem me notas

E eu, ainda estático. Teu amor é o que me importa!

Extasiado, de tua mais cálida beleza.

Só tenho, eu... E aos poucos, um tanto que me refaz

Em tudo que vicejo. Te possa bem ver ainda melhor! Amor!

Mais, muito mais que simplesmente só! Olhos a contemplar os teus!

E nós humanos! A ainda assim, resta-me, o teu melhor amor

O maior que nutris por mim. Na vida, vivida dia a dia.

A alegria, de tantas doces lembranças!

Coração a palpitar! Você era tão espontânea!

E hoje para mim. Por mais que te desejo! És tão rara!

Edmilson Roque de Oliveira

Maringá, 24 de Abril de 2020.