Perpendicularidade ao verso
Paro o olhar no horizonte
O loop da memória me desconcentra
Rio pras paredes desconcertado
Que tens em mim efetuado?
Uma tarefa incompleta no cérebro
É isso que sua despedida fomenta?
Não parece fazer comigo uma brincadeira
Algum tipo de ilusão sem eira nem beira
O que será, que sobre isso, ela pensa?
Procuro um motivo
Acerca dessa aproximação relâmpago
Rápido demais, mesmo quando longo
O tempo pra nós, deve ser relativo…
Dias se passam…
Eu ainda pasmo…
Preciso pensar em algo
Enquanto ainda pra perto te trago
Não se sabe nem ao menos quando
Sentirei novamente nossos lábios tocando
Angustia-me tantas incógnitas
Respiro, aguardo sua volta
Nem sei se volta…
Ou devo estar em sua órbita?
Sabe bem o jeito que te olho
E logo percebe, chegando bem próximo
Um beijo desata um dos nós
Bom é reviver essa memória
Em questão de paixão
Impossibilitei-me de negar
Justo por te ter a me inspirar
O dito poema, te dedico um acróstico
?