O amor tem fim?

Quem falou “O amor é infinito”?

Volte aqui e assuma a sua mentira!

Ele é como uma correnteza fria,

Sempre haverá um lugar para desembocar.

Ai! se soubéssemos da finitude do amor!

Ainda dividiríamos os mesmos segredos?

Compartilharíamos os mesmos medos?

Sabendo que, no futuro, seríamos completos estranhos?

Ai! se soubéssemos da finitude do amor!

Esforçaríamos para aprender o motivo do sorriso?

Gastaríamos tanta energia para ser um abrigo?

Sabendo que, no futuro, seria uma transferência vazia?

Ai! se soubéssemos da finitude do amor!

Teríamos nos graduado em nós mesmos?

Teríamos nos moldado para se encaixarmos?

O que fazer com todo esse conhecimento agora?

Você fez doutorado em mim, e eu em você.

Temos ciência da comida, da vida e dos porquês.

O que era motivo de nos orgulharmos,

É só um diploma vazio pendurado.

Isso me dói, me corrói!

Se soubéssemos da finitude do amor!

Teríamos nos beijado com volúpia?

Amado na areia com a lua sem culpa?

Nos abraçado no meio da chuva?

O trem tem fim, mas amamos a paisagem.

Por que então, não me agrado da miragem,

Que você foi na minha vida?

Ora desejava não ter te amado,

Mas nada acontece ao acaso.

Às vezes é preciso desfalecer,

A fim de ter a oportunidade do renascer.

Vou me alimentando disso,

Acreditando que tudo tem um motivo,

Mas nos recônditos da minha alma,

Não queria ter te conhecido.

Elizabete Araújo
Enviado por Elizabete Araújo em 30/10/2018
Código do texto: T6490279
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