A poeta, o sangue, a tinta

Flui a tinta manejada por minhas mãos

Enquanto o sangue dita o ardor

No corpo embebido

Ah, amor!

Ao mar da vida a poeta

Ao sabor dos ventos inflados por ti

É um pequeno barco à vela

Envolta a doces e intrépidos maremotos

Escreve à tinta duma saudade mórbida

Ou da esperança de amar, não morta

_ Aquieta, aquieta o vento, poeta

Cantando ao amor, em sussuros, baixinho

Com um beijo a calar a boca insana

Sedenta de vida ao mar

E a poesia a singrar