Avenida quatro

a avenida cheia

que marcou

se tornou

um x

foi pra quatro

e dói no quarto

saber que o que vivemos

não é uma história

pra se por em quadros

então encare os fatos

quando um ver o outro

em um carro

há de ter o que se esconde

eu falo por quatro

perdemos o primitivo

e tem tanta poeira

no meu pulmão

eu não consigo sorrir

sem culpa

não vou perdoa-los

quando me jogo pro mundo

sou estranho

numa estrada, capela

exílio e uma célula

saudosismo infinito

e não me venha com religião

não me venha com religião

não, não, não

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 25/05/2018
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