Desatino de Amor
Você me xinga, me ofende
E me expulsa de casa,
Mas basta eu bater a porta
Ao sair para espairecer,
Que uma hora depois,
Você me liga arrependida
E começa a chorar,
Aos soluços me implora
Para não te abandonar.
E toda aquela discussão
Acaba sendo esquecida
Sobre a mesa da cozinha,
No sofá ou no colchão.
A gente se irrita,
A gente se magoa,
A gente se acerta
E sempre se perdoa.
Mas a trégua dura pouco,
Pois basta o relógio avançar
Para estarmos novamente,
Recomeçando a brigar.
A gente não se entende,
Mas não quer se separar.
Enquanto tiver faísca
Queimando nessa paixão,
Deixe que pegue fogo
E incendeie o coração.
Pode parecer loucura
Isto que vou te dizer,
Com o tempo me tornei
Um hater e admirador
Desse nosso desatino,
Desatino de amor.