O submisso

Quando o teu rosto estava à molhar

E você bem sucinta vinha à mim enxugar

Sem aparência

nem submissão

Eu simplesmente

Limpava com a daga da mão

Eu não queria escrever

um verso que lembrasse as tuas nuvens

E desafinado gritei

Que seus dias de sol eu amei

Como filho a mãe, aproveitei

Tanto escândalo fiz

Um fraco homem aprendiz,

deixei de amar outros pulmões

Para me afogar em teu chafariz

E no teu colo eu sentei

Um pouco de mãe eu procurei

Acho que não pude fazer

Um espetáculo só pra você

E foi de tanto te querer

Que não me quis mais.