Na fazenda

 

Nas vielas rubras da fazenda,

Entre alvas flores de um cafezal,

Da ousadia de um beijo roubado

Que o destino me pôs ao alcance

Nasceu furtivo o nosso romance.

 

Num leito de relva improvisado,

À sombra silente e generosa

De uma perobeira solitária,

Um macho viril, incandescente,

Deitou sobre a fêmea complacente.

 

E na hora calma do sol se pôr,

Jorrou a seiva de um grande amor.

 

 

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Na ilustração, Florada do Café de Antonio Ferrigno (Itália, 1863-1940).

João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 02/02/2018
Reeditado em 23/09/2023
Código do texto: T6243087
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