UMA ESTRELA
Os cabelos da noite
caíam sobre seus ombros
e se iam infindáveis
até o pé da montanha,
nadavam no marinho azul
do alto mar e perplexos
se jogavam ao vento,
que com eles brincava!
Os cabelos da noite,
o perfume tinham, da mirra
que perfumou o corpo
santo do homem mais
santo no sepulcro
de um santo!
Os cabelos da noite,
se embaraçaram em mim
e com eles levou-me
ao eterno sem fim
e quando, querem assim,
de mim, saber, os querubins,
tratam de olhar
no céu, a mais
sozinha das estrelas!
Eugênia L.Gaio