Sem Título ou Intacto
...sob a nuvem de pó amarela
verei o correr da carruagem
pela ruela do tempo,
Sorrir como o vento –zombeteiro-
arranhando a janela,
Querendo florir como a primavera,
Decorando –determinada-
com labaredas causticantes
o dia simples de um fim de verão.
E, nele encaixilhado o destino,
Como o trino dourado do rouxinol,
Virá encantar-me com a voz cálida
de ultimo raio de sol,
sobre o fim da estrada.
Cai agora essa gota sobre a qual devo divagar;
Na louça branca e doce vejo tua pele,
Deveras,
Consome-se,
Misturada ao ar,
como propulsor de lágrimas.
...nela deitou-se a tarde e a noite,
sob o vento
aquele mesmo, que porventura lhe trouxe,
Atento a calmaria das estrelas;
e assoprou-nos os sonhos,
Com uma beleza que ao meu peito esvazia,
Do que foi a saudade -de ti –
no meu dia.
...diante do perfume da sua presença,
Apenas o fato,
No prato castanhas e avelãs;
Por sobre o beiral da janela,
o cinzento corpo sisudo da manhã se esvai,
Sob o jugo, sem par, da tristeza.
Enquanto a chuva cai, quebrando-se no telhado,
Derramando-se,
Enchendo o calado do meu olhar,
Cansado pelo maltrato.
https://www.youtube.com/watch?v=ZZMy2KVn1Dc
O homem está vivendo como uma ilha, e daí vem toda a miséria. Através dos séculos o homem tem tentado viver independentemente da existência - isso não é possível, pela própria natureza das coisas. O homem não pode ser independente nem dependente. A existência é um estado de interdependência: tudo depende de tudo mais. Não há hierarquia, ninguém é inferior e ninguém é superior. Existência é uma comunhão, um eterno caso de amor.
Comunhão - Harmonia dentro e fora - (Osho)