SONHO

Parece que vi um vulto

Na hora do amanhecer

A sombra que por mim passava

Perpassava o meu querer

Aquele rosto tão belo

Que arrepiava minh´alma

Fazia com que meu corpo

Desnorteasse de sua calma

Seu corpo tinha os traços completos

Seus olhos a cor do mar

Que as águas nela deságuam

Completando o meu sonhar

E debaixo da cachoeira

Num límpido rio a cantar

Amenizava a minha sede

Que eu sentia a ela olhar

De repente neste oásis

Comecei a ''ceguear''

Os olhos escureciam

A boca nada a falar

Tentei dar um ultimo passo

Pra tentá-la abraçar

E um coração encantado

Começou a quebrantar

O corpo ficando frágil

No rio começou a afundar

Consegui dar uma palavra

Mas ela não conseguiu escutar

Com as mãos dei o ultimo adeus

Para ela sempre lembrar

De um menino inconsciente

Que por ela foi se apaixonar

O rio devorou minha alma

A moça meu coração

Minha mente e meu espírito

Ficaram na escuridão

De repente uma luz forte

Encontrou o meu olhar

Foi apenas o meu corpo

Deste sonho a se acordar.

Diogo Caetano Oliveira - 23/8/2006